lundi 18 mars 2013

La vie sud-américaine de Christian Rouge


L'est-éclair, 13 mars 2013
http://www.lest-eclair.fr/article/culture-et-loisirs/la-vie-sud-americaine-de-christian-rouge


Romilly-sur-Seine - Christian Rouge, ancien adjoint à la culture, dévoile une grande partie de sa vie passée en Amérique du Sud dans un livre riche et émouvant
Un petit air d'Errol Flynn, un soupçon d'Humphrey Bogart. C'était en 1969 à La Havane. Christian Rouge enseigne le français à l'Institut pédagogique de Cuba. Elle est bien loin, la ville de son cœur, Marseille et son Vieux-Port. Épris de liberté et de grands espaces, le jeune homme a décidé d'embrasser une vie faite de soleil et de rencontres. Ce goût pour les voyages, il le doit sans doute à son père qui, à chaque début de vacances d'été, l'accompagnait à l'aéroport de Marignane pour le confier aux bons soins de l'hôtesse de l'air d'un bimoteur. C'était l'insouciance des étés passés en Algérie chez ses grands-parents.
Il doit quitter Cuba sans... son épouse !
Aujourd'hui encore, Christian Rouge est ému quand il évoque Cuba et son premier vrai amour, Georgina, qui sera aussi sa première épouse. Un amour impossible, avorté par l'intransigeance du régime de Fidel Castro. « Je n'ai jamais pu avoir les papiers nécessaires pour rester là-bas, les services de l'immigration m'ont reconduit à l'aéroport après deux années passées à Cuba », se souvient t-il.
La vie de Christian Rouge est assurément marquée du sceau de l'aventure. Jamais divorcé officiellement, c'est en 1972 qu'il épouse cette fois Cristina à Santiago du Chili. Il travaille dans l'édition et s'apprête à créer un hebdomadaire spécialisé dans les programmes de télévision. « Le coup d'État de Pinochet en 1973 mettra fin à mes rêves de journaliste. La censure exercée par le régime ne m'aura pas permis de finaliser ce projet. »
Malgré les vicissitudes du temps et bien des déboires, la naissance de Katherine, le jour du septième mois du « pronunciamiento » de Pinochet, viendra illuminer l'existence du jeune couple.
Finalement, c'est au Brésil que Christian Rouge exercera sa carrière hôtelière, jalonnée d'emplois de haut niveau dans les plus grands palaces. Il y rencontrera le président brésilien J. B. de Oliveira Figueiredo et le président français François Mitterrand. « Ce livre repose en partie sur les correspondances que j'ai pu entretenir avec des amis », explique Christian Rouge. « C'est un premier ouvrage qui couvre la période de 1968 à 1981. Je travaille à l'écriture d'un second qui permettra au lecteur de se projeter jusqu'en 1988, l'année de mon retour en Europe. »

dimanche 7 février 2010

LE COURS MIRABEAU







(c) Christian Rouge
christian-rouge@orange.fr 
Ce fut à l’occasion de la coupe du monde de football en 1998 et lors du dernier match entre le Brésil et la France, que j’appréhendais finalement la profondeur de ma motivation culturelle et affective avec le Brésil où j’avais vécu pendant de nombreuses années, au risque de me faire accuser, par un réduit fanatique de supporters français, de collaborateur symbolique… et lorsque dans le stade retentit l’hymne brésilien, quelques larmes d’émotion coulèrent sur ma joue. 
Na minha época de estudante, em Aix-en-Provence, os igarapés não eram perceptiveis desde o cours Mirabeau. Mas ao final da avenida, após o grande chafariz, podia imaginar em direção a oeste a floresta amazônica e o volume das águas do rio Solimões… a vontade que eu tinha era de que o cours Mirabeau pudesse chegar até Manaus. 
Quelques années plus tard, dans un bus me conduisant de Buenos Aires à São Paulo, voyage aventure de deux journées magnifiques, j’ai découvert le sud du Brésil et les riograndenses, et le dimanche suivant, dans un kiosque de l’avenue Ipiranga, j’achetais le journal O Estado de São Paulo… devinant que je trouverai l’offre d’emploi qui me conviendrait pour aller travailler en Amazonie. 
Dois meses depois, num passeio pelo cais do porto flutuante de Manaus, percebi a imensidade das águas e o tamanho do rio, formando uma grande avenida em direção ao leste e ao continente europeu. Eu tinha completado a volta e o cours Mirabeau estava mais perto que nunca. 

dimanche 17 janvier 2010

UM FADO COM AMALIA


(c) Christian Rouge
christian-rouge@orange.fr 
O Antônio Carlos Magalhães era o Governador do Estado da Bahia. O Guilherme Gomes o Gerente geral do Bahia Othon de Salvador. O Jorge Amado um dos escritores mais populares do Brasil. 
A rede dos hotéis Othon me convidou para trabalhar na unidade de Salvador. Após um treinamento no Leme palace do Rio de Janeiro, assumiria o dobro cargo de Gerente de alimentos e bebidas e de Gerente residente no Bahia Othon. Aquela foi a mais linda experiência que eu tive na minha carreira de hotelaria. 
No seu escritório o Guilherme Gomes ficava poucas horas na parte da manhã somente para assinar os papéis e dar instruções aos chefes de serviços. Quem estava dia e noite no prédio era eu encarregado pelo controle das operações, coisa normal para um residente. Mais de 300 apartamentos, restaurante, cafetaria, bares, piscina, discoteca. Eu me sentia como se fosse o dono de uma estrutura de milhões de dólares, com um luxo incrível. 
O governador Magalhães vinha seguidamente no restaurante do hotel para jantar com amigos. Certas vezes ficávamos conversando dos assuntos políticos brasileiros. O homen tinha sido ministro do governo federal, senador e iria ser nomeado pela segunda vez governador do estado da Bahia. Ele conhecia bastante das problemáticas nacionais. O Jorge Amado também vinha almoçar com a sua esposa, uma mulher bastante afetiva e doce com quem compartilhavamos momentos de muita simpatia. 
O escritório central da rede Othon fica na rua Teófilo Otoni no Rio de Janeiro. Naquele local trabalhava o meu amigo Virgílio que era o diretor geral dos hotéis, ou seja o chefe dos gerentes gerais e dos gerentes residentes. A familia Bezerra de Melo, dona da empresa, também intervinha de vez em quando no controle dos hotéis, particularmente o Luiz Moura e o Roberto filho. No ano anterior do meu contrato o Othon Palace de Copacabana tinha organizado uma semana brasileira no hotel cassino Estoril de Cascais perto de Lisboa. O Ministro do turismo português queria retribuir o acontecimento escolhendo o Bahia Othon por ter sido Salvador a primeira capital do Brasil na época colonial. O Christian Rouge foi enseguida nomeado responsável pela coordenação do evento. Um vôo especial dos Transportes Aéreos Portugueses foi afretado para levar a comitiva. Cozinheiros e pasteleiros do Estoril, escritores e pintores com algumas das suas obras, guitarristas e fadistas da associação folclórica da TAP, uma delegação do governo português e Amália Rodrigues com a sua equipe. Fizemos três noites portuguesas num fim de semana no salão principal do Bahia Othon, com jantares fabulosos e espetáculos lindíssimos. Cada vez, após o último fado, eu subia no palco para agradecer ao público e oferecer um ramo de flores a Amália. Logicamente estavam presentes o Antônio Carlos Magalhães, o Guilherme Gomes e o Jorge Amado com a sua esposa... 


O PRESIDENTE FIGUEIREDO


(c) Christian Rouge
christian-rouge@orange.fr 
O carro dos bombeiros chegou na avenida Boa Viagem para verificar até qual andar do Othon Palace Recife, onde eu era o Diretor geral, alcançaria a escada mecânica. Daqui a poucos dias iria chegar o general João Batista Figueiredo que foi o último Presidente militar da República Federativa do Brasil. Escolhemos a suite 801 na frente do mar e dos arrecifes, com mais alguns apartamentos para a comitiva. Três anos atrás, em 1981, tinha conhecido o Presidente Ernesto Geisel no Bahia Othon de Salvador e as minhas lembranças daquele militar não eram das melhores. Homen frio e de poucas palavras fez exigência duma garrafa de Swing um whisky impossível de encontrar em Salvador naquela época. Eu tive que encomendar no Rio de Janeiro e veio pelo malote da empresa . Desse fato eu temia um pouco pela chegada do seu sucessor e tinha reunido o pessoal do oitavo andar para que tudo fosse impecável. O Othon do Recife era um hotel com 264 apartamentos, duas piscinas, dois bares, uma cafetaria e um restaurante. Não era um hotel de grande luxo e a estrutura tinha vários defeitos que dificultavam as operações. A rede Othon, o primeiro grupo hoteleiro do Brasil, alugava este prédio a dois irmãos espanhois que eram um pouco sem vergonha. Os comentários diziam que alguns materiais da construção tinham sido roubados em outras obras. De fato eu tinha muita dor de cabeça com a manutenção da estrutura. Mas os funcionários do hotel eram boas pessoas e os chefes dos diferentes departamentos bastante eficientes. Eu tinha conseguido organizar uma boa equipe de trabalho e o meu comando era muito respeitado. Eu morava numa suite no décimo andar e passava a semana inteira sem sair do prédio ocupado com as minhas tarefas, mas aquilo era muito gratificante. 
O Presidente chegou de helicóptero no aeroporto dos Guararapes e iria receberlo para dar-lhe as boas vindas em nome do grupo Othon. Estavam presentes o Governador do estado de Pernambuco, o Prefeito da cidade e numerosos oficiais. Mas tudo bem, o homen parecia estar com boa disposição, vestia roupa civil, e convidei para o levar no meu carro até o hotel. Aquilo não estava previsto no protocolo, mas ele aceitou. Durante o percurso começamos a conversar e descobriria uma pessoa muito simples e natural. Chegamos na recepção do hotel e os empregados estavam todos alinhados, aquilo parecia uma parada militar. Eu ria na minha cabeça achando esta disciplina bastante original. Subimos na suite e o homen quiz beber um whisky, nao lembro bem da marca mas não era nada excepcional. Sentamos no grande sofá da sala com mais três pessoas que vestiam militar. O whisky chegou com balde de gêlo e canapés frios, excelente trabalho do pessoal do restaurante. Brindamos e seguimos conversando. O Presidente queria algumas informações em relação a cidade de Paris que ele tinha visitado tempo atrás. E vamos bebendo whisky e comendo canapés deliciosos. Passou meia hora e de repente ele me disse « Nao precisa me dizer senhor Presidente, pode me chamar João Batista » aquilo foi surpreendente para mim. 
Inicialmente a estadia do Presidente era de seis dias, mas aquilo foi modificado. Primeiro ele ficou dois dias, foi para Brasília e retornou de novo para o Recife por mais uma semana. Cada dia na parte da manhã ele descia com roupas de banho e ia para praia que ficava na frente do hotel. As vezes eu atravessava a avenida Boa Viagem para saber se precisava de alguma coisa. Ele pedia que colocase roupas adequadas para podermos tomar banho juntos, mas não era possível, tinha que trabalhar de gravata e terno. Antes do almoço e do jantar, que sempre eram organizados na suite, ele chamava o meu escritório para que eu fosse tomar um aperitivo com ele… Eu não vou dizer que era um amigo, de fato não, mas aquela convivialidade que ele demostrou ao meu respeito nao poderei jamais esquecer.




mardi 12 janvier 2010

MEMORIES OF ALGERIA

(c) Christian Rouge
christian-rouge@orange.fr 

My first travel souvenir by plane it is the Mediterranean sea and Algeria country. At the time, at the beginning of the Fifties, I was a very little boy who lived in Marseilles. My father, very elegant as usual, accompanied me at the beginning of the summer at the Marignane airport and entrusted to me with the care of the air-hostess in small a twin-engine DC3. I crossed the Mediterranean sea, the glance stuck against the porthole and I saw immense waves and boats which crossed our road. At the end of approximately two hours of voyage, the plane landed on a rammed track of cement and the ground around was burned by the sun. I went down by a small metal staircase to go to find my grandfather and my grandmother who largely embraced me. They had always lived in this country and seldom came to see me in France. My father and grandfather financed the voyage, because I was only the downward male of the family and it was natural that I will spend time with my grandparents. I remember the building where we went to the first stage. In the hall of the apartment, there was a waiting room and at the bottom the door of the cabinet of my grandfather, he was a doctor. Further in the corridor a large living room on the left with balcony on the street, cooks on the right with another balcony on the interior court, further still the rooms from my aunt, my uncle, then that of my grandparents, and at the end of the corridor the bathroom. Each Sunday my grandmother organized the Algerian couscous, it was a special tradition every week. The fatma came early to prepare the semolina, to cook vegetables and to stew the meat of lamb. A large table was drawn up and many people came to the meal. At the end the adults consumed the digestive ones and I was entitled to a small alcohol drop on a piece of sugar. The evening my grandfather was tired and fell asleep in the armchair, my grandmother came to shake it so that it will lie down. The following days, when there were no consultations, I went in the cabinet of the doctor who showed me and explained all the apparatuses that it arranged in glazed cupboards. Syringes, needles, scissors of various sizes, bandages, bottles, the balance with strip and counterweight, the pear, the nozzle and the table lit to recognize letters of various sizes. Then we were going to walk on the principal course, where there were regularly attractions, clowns, puppets and a monkey which tightened the hand with the children. Sometimes we went in a brewery where my grandfather found his friends to take aperitif and I was entitled to a splendid lemon ice calledcréponné
The war should start soon for several years and I was not going any more to turn over in this country. My grandparents died a long time ago, and they are buried in the cemetery of the city of Bône, today Annaba. With them I shared a very particular feeling, and exchange their daily life based on generosity towards the Algerian people which formed integral part of their history.

jeudi 7 janvier 2010

A LA RECHERCHE DE LA LUMIERE

(c) Christian Rouge
christian-rouge@orange.fr 
Au commencement étaient les ténèbres… Tout seul, perdu dans la nuit la plus complète, comme au dernier instant de vie avant la mort, je ressentais la précarité de mon être face à l’inconnu. Mon expérience et mon apprentissage ne trouvaient plus de repères, seules émergeaient ma fragilité existentielle, mes motivations inconscientes, les profondeurs obscures de ma personnalité. Je plongeais dans un univers dont je ne percevais l’aboutissement. J’étais perdu et seul ne pouvais rien. 
J’entendis soudain une voix qui me disait : « Ta vérité est encore entourée d’ombres épaisses, les préjugés et l’ignorance t’aveuglent, ta force prime sur ton droit ! » La nuit et le silence m’opprimèrent à nouveau et je choisis de méditer quelques instants sur ces paroles. Je compris qu’il me fallait abolir mes déterminations par une évolution fondée sur la conscience de moi, accéder à la maîtrise de ma personne pour juger objectivement les situations et agir efficacement sur la réalité. La voix se rapprocha et dit : « Appuie-toi sur mon bras, je te conduirai entre les pièges, fais-moi pleine confiance ! » 
Je rencontrais un ami malgré  que je ne sache ni son nom, ni connaisse son visage. Sa voix était emplie de chaleur et son bras solide me redonnait vigueur. Avec lui j’allais pouvoir retrouver le chemin de la lumière. Ainsi nous avançâmes contre la tempête, les vents, la pluie et le feu. Plus loin nous franchîmes des souterrains étroits, des sentiers de pierres, des dalles branlantes, des sables mouvants… 
Dans l’obscurité une autre voix questionne tout à coup : « Qui va là, que voulez-vous, qui est ce profane ? » Mon guide connaît non seulement ces lieux mais également ceux qui y résident. Il décline mon identité et demande le passage. Je reste silencieux et la voix interroge à nouveau : « Le profane est-il juste, digne, dévoué et courageux, exempt d’orgueil et d’ambition, affranchi de tout préjugé et de toute servitude ? » Mon compagnon assure qu’il me fait confiance. En plus du soutien de son bras, je peux compter sur ses paroles d’amitié. Ainsi nous passâmes plusieurs questionnements, sur la pratique de la morale, sur la pratique de la solidarité, sur le respect des autres et sur la tolérance. A chaque fois mon ami garantissait que j’étais un homme libre et préférais à toutes choses la recherche de la vérité. 
Un peu plus loin mon guide s’était éloigné et je perdis sa trace. Une nouvelle fois je me retrouvais dans la nuit obscure. Je fis un pas et brusquement un glaive vint se pointer sur mon cœur. L’acier prêt à me transpercer me faisait mal, je tremblais dans cette attente, j’avais froid et peur. Finalement je compris que ce glaive était le symbole de la lutte que l’homme doit soutenir contre le mensonge, il m’annonçait ma perte si je venais forfaire à mes promesses, mais il deviendrait mon défenseur si ma vie et mon honneur venaient à être menacés. 
Il fallait à ce moment là formuler mes devoirs envers moi-même et envers autrui. Ainsi, sur une voix sereine, en conscience de mes mots, en connaissance de mes sentiments, je disais avec mon cœur qu’à l’intérieur de lui il y avait l’amour et que c’était celui-ci qui le faisait battre. Je prenais l’engagement d’aider et de protéger mon frère, même au péril de ma vie, de dégrossir ma pierre brute, de pratiquer l’écoute, de me former et de me perfectionner. 

J’ouvris mes yeux et découvris un ciel azuré, parsemé d’étoiles et formant un grand nombre de constellations. Le soleil au levant et la lune au couchant.

mercredi 6 janvier 2010

Recuerdos de Chile

(c) Christian Rouge
christian-rouge@orange.fr 

El centro de la ciudad de Santiago estava casi explodido. La obra de la nueva línea del metro dejaba tremendos hollos en todas partes. Un primer trecho estaba siendo construido hasta la plaza Bulnes donde queda el palacio de la Moneda. Era de noche y en el bus que nos trajo del aeropuerto de Pudahuel un vecino de viaje desde Colombia me aconsejo un hotel… para una estada en Chile que iria se prolongar por más de cuatro aňos. 
En la maňana siguiente fui dar un paseo por la avenida de la grande obra para mejor observar y comprender. Las coincidencias hicieron que el ministro comunista del transporte estaba llegando con personalidades y periodistas. Me introduje en el grupo y conoci algunos políticos chilenos miembros del gobierno de Salvador Allende. Bajamos en el subsuelo, en el medio de las piedras, de las máquinas y de los trabajadores construiendo la futura estación de la Moneda. Algunos dias después, en el Instituto de marcas y patentes, hacia el depósito de los registros intitulados « metro » y « metropolitano » para edición de planos y mapas en relación con esta nueva línea. No tenía compromiso particular con Chile, pero la iniciativa me aparecio bastante oportuna. 
Dos aňos más tarde llegaría el 11 de septiembre de 1973.
El general Pinochet desde las cinco horas de la maňana se encontraba en el cuartel de Peňalolen para supervisar las operaciones del golpe de estado. En Valparaiso el almirante Merino comandaba la flota naval y cerca de Pudahuel el general Leigh preparaba la operación de incendio de la Moneda. Yo estaba en mi departamento, en la zona este de Santiago, el cielo era muy claro para un comienzo de primavera. De repente dos Hawker Hunters, cazas bombarderos de fabricación inglesa, pasaran arriba del edificio en dirección al centro de la ciudad. De lejos los vi bajar bruscamente enviando rockets contra el palacio presidencial. Tres vueltas en total y después se alejaron. La Moneda fue incendiada y horas mas tarde Salvador Allende se suicidaria. La junta militar tomo el poder. Impusieron imediatamente el toque de queda desde las 22 horas hasta las 6 de la maňana durante varios meses. Una noche llegando atrasado en mi barrio fui arrestado, llevado a la comisaría donde me guardarian detenido hasta el dia siguiente. Era asunto para tomar en serio. 
Un dia, desde el despacho del nuevo ministro del transporte (un coronel… el anterior comunista habia sido fuzilado) me llamaron para decir que las marcas depositadas estaban confiscadas y no me pertenecian más.